O sentido presbiteriano da vida

Paulo escrevendo aos Coríntios disse: “Vocês têm sido chamados para ser santos.” “Se isto está correto, então devemos levar a sério nosso chamado” eu ouvi de renomado teólogo presbiteriano James Denny em um sermão que ouvi quando ainda era um menino. Somos gratos ao grande anglicano J. B. Philips por sua paráfrase ao traduzir a palavra santidade. Santos são “homens e mulheres de Deus” o que é o mesmo “homens e mulheres de Cristo.”

A importância atribuída à doutrina da eleição na teologia reformada conduziu inevitavelmente a uma ênfase sobre a qualidade de vida requerida de um “eleito.” Pessoas que indubitavelmente criam no propósito de Deus tinham um profundo senso de chamado e naturalmente lutavam para viver de modo digno a essa vocação. Eles se tornaram no mais profundo sentido pessoas compromissadas, homens e mulheres consagrados a Deus e obedientes à sua vontade.

Compromisso com Deus em Jesus Cristo tem sido uma ênfase básica dos presbiterianos. Ser uma pessoa madura em qualquer sentido da palavra envolve compromisso com algo superior a si mesmo. Uma vida descompromissada, falemos francamente, é indigna do ser humano. É muito arriscado viver sem compromisso, como uma vida que não se examina a si mesma, na expressão de um grande pensador grego, ela é indigna de homens e mulheres verdadeiros. Exceto se houver uma entrega incondicional a Deus não vida cristã autêntica. Esta afirmação pertence à essência do presbiterianismo clássico.

 

 

O compromisso cristão é muito mais que admiração por Jesus Cristo. Vai além de uma ortodoxia teológica. É possível vociferar as grandes doutrinas acerca de Cristo sem, contudo, experimentar uma relação pessoal com ele. Cristãos comprometidos são leais à igreja. Eles tomam parte nas suas atividades, apoiam suas causas, vivem em conformidade aos seus ensinos. Entretanto eles não confundem filiação eclesiástica com o compromisso com Jesus Cristo. Pertencem a ele como o seu gracioso Redentor e soberano Senhor a quem tudo devem e tudo oferecem. A vida para esse tipo de cristão não é simplesmente a busca de felicidade, nem a ansiosa procura pela realização pessoal ou ainda ardente busca pela paz interior. Eles não usam a religião para obter status social, nem confundem religião com contribuições às causas de beneficência. Eles não equiparam sua fé com patriotismo. Pertencer a Cristo, para eles, significa ser semelhante a Cristo na vocação em que foram chamados e em todas as esferas da vida. Eles são ansiosos por servir a causa de Cristo no mundo, como membros da sua comunidade, a Igreja. Eles buscam a luz para o caminho pelo recurso do estudo da Bíblia e da oração, do aconselhamento mútuo e a sabedoria contida na herança de fé da igreja.

Este texto é um recorte do livro “O sentido presbiteriano da vida” do autor John Alexander Mackay. Ele nasceu em 1889, em Inverness, na Escócia. Oriundo de uma família presbiteriana, passou por uma marcante experiência de conversão quando tinha 14 anos. A leitura da Carta aos Efésios aqueceu seu coração. Revelou o Deus que busca o ser humano perdido e transforma sua vida. A mesma paz que inundou o seu coração deu sentido à sua existência. Após participar de um culto ao ar-livre, decidiu-se pelos estudos teológicos. Seria um ministro do evangelho, cuja missão seria colaborar para que a ordem amorosa de Deus se sobressaísse sobre a desordem do ser humano. Somente uma visão integral da missão poderia concretizar essa meta divina.

Leia o conteúdo na íntegra, acessando o jornal aqui

(https://ipib.org.br/wp-content/uploads/2024/08/Estandarte_Agosto.pdf)

Se inscrever
Notificar
guest

0 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Feedbacks
Ver todos os comentários
plugins premium WordPress