Com mais de 5.000 participantes presentes e muitos outros se juntando virtualmente, o Congresso promete inspirar, capacitar e mobilizar a igreja global para a missão de Deus.

A cidade de Incheon, próxima a Seul (Coréia do Sul), é uma cidade em crescimento. A caminho do centro de convenções – Songdo Convensia – um edifício grandioso e espetacularmente projetado que hospeda o Quarto Congresso de Lausanneé possível ver os guindastes que continuam construindo prédios com dezenas de andares ou novas rodovias.

Essa força econômica é revelada nos muitos detalhes do primeiro dia de um encontro histórico para o povo evangélico do mundo. Com mais de 5.200 delegados, é um encontro que honra o que começou há 50 anos em Lausanne (Suíça), impulsionado por figuras como Billy Graham, John Stott e Samuel Escobar: um movimento para acelerar a missão e o cumprimento da Grande Comissão.

Em 1955, o evangelista Billy Graham foi convidado para liderar uma missão na Universidade de Cambridge com John Stott como seu assistente chefe. Esses dois jovens formaram uma amizade para toda a vida, que mais tarde levaria ao lançamento do Movimento de Lausanne.

Eles e muitos outros acreditavam que isso só poderia acontecer se líderes de todo o mundo se reunissem para se unir na “tarefa comum da evangelização total do mundo”.

A amizade de Graham e Stott foi fundamental para o Primeiro Congresso Internacional sobre Evangelização Mundial, em julho de 1974. Mais de 2.400 participantes de 150 nações se reuniram em Lausanne, Suíça, para o que a revista TIME descreveu como “um fórum formidável, possivelmente o encontro mais abrangente de cristãos já realizado”.

Ao longo de suas vidas, Billy Graham e John Stott deram liderança inigualável aos evangélicos ao redor do mundo. Não devemos procurar sucessores. Seu trabalho conjunto em estabelecer um movimento que uniu a paixão evangélica com a reflexão teológica, e a ortodoxia com a ortopraxia, provou ser um divisor de águas para os evangélicos. Até hoje, congressos mundiais, reuniões globais e fóruns e consultas específicas de questões continuaram a ser convocados no que Billy Graham chamou de “o espírito de Lausanne” — um espírito de humildade, amizade, oração, estudo, parceria e esperança — o próprio espírito refletido em sua amizade com John Stott.

 

 

Abertura em 2024 do Quarto Congresso de Lausanne na cidade de Incheon, próxima a Seul (Coréia do Sul), é uma cidade em crescimento. A caminho do centro de convenções – Songdo Convensia – um edifício grandioso e espetacularmente projetado que hospeda o Quarto Congresso de Lausanneé

A Declaração de 2024 afirma:

“O Quarto Congresso de Lausanne, realizado em Incheon, Coreia do Sul, marca o 50º aniversário do nascimento de um notório movimento comprometido com a missão global. O Primeiro Congresso de Lausanne, em 1974, reuniu 2.700 líderes da igreja vindos de mais de 150 países, que afirmaram sua convicção partilhada de que toda a igreja deve levar todo o evangelho para o mundo todo.

Após o primeiro congresso, a igreja global fez mais para acelerar a evangelização mundial de forma colaborativa do que em qualquer outro período da história, o que resultou em um crescimento sem precedentes da igreja, visto que milhões de pessoas em regiões antes não alcançadas abraçaram o evangelho e experimentaram seu poder transformador.

Nós nos alegramos com o que Deus fez por meio do compromisso da igreja com a elevada prioridade apostólica de proclamar as boas novas de Jesus Cristo a fim de levar a salvação aos que estão perdidos no pecado. Mesmo assim, a tarefa da evangelização continua urgente, pois bilhões permanecem fora do alcance da mensagem do amor e da graça de Deus em Cristo. Além disso, em face desse crescimento expansivo, a igreja, em muitas partes do mundo, tem lutado para promover com eficácia a fé e o discipulado de milhões de cristãos de primeira geração.

O Senhor Jesus, ao comissionar os apóstolos em Mateus 28.18-20, deixou claro que o mandato dado à igreja – de “fazer discípulos de todas as nações” – envolvia duas prioridades igualmente importantes: a tarefa evangelística de “batizá-los em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e a tarefa pastoral de “ensiná-los a obedecer a tudo o que [Cristo] lhes havia ordenado”.

Ambas as prioridades são evidentes na estratégia missionária do apóstolo Paulo no livro de Atos e em suas muitas epístolas. Sua paixão era tanto alcançar os perdidos com a mensagem da salvação quanto fortalecer a fé dos crentes para que vivessem de forma digna do evangelho e pudessem combater os falsos ensinamentos que ameaçavam enfraquecer a verdade do evangelho. Como ele resume: “Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28).

Lamentamos que durante os últimos cinquenta anos de colheita evangelística, a igreja global não tenha proporcionado de forma adequada o ensino necessário para ajudar os novos crentes a desenvolver uma cosmovisão verdadeiramente bíblica. A igreja muitas vezes falhou em estimular os novos crentes a obedecer ao chamado de Cristo para o discipulado integral no lar, na escola, na igreja, em nossas comunidades e nos mais variados locais e ambientes de trabalho. Ela também tem dificuldades para capacitar seus líderes para que respondam aos valores sociais atuais e às distorções do evangelho, que ameaçam corromper a fé sincera dos cristãos e destruir a unidade e a comunhão da igreja do Senhor Jesus. Consequentemente, ficamos alarmados com o surgimento de falsos ensinamentos e estilos de vida pseudocristãos, que distanciam muitos crentes dos valores essenciais do evangelho.

Ao longo de cinquenta anos, o Movimento de Lausanne tem se norteado pelo Pacto de Lausanne (1974), pelo Manifesto de Manila (1989) e pelo Compromisso da Cidade do Cabo (2010). A Declaração de Seul, do Quarto Congresso de Lausanne, ratifica plenamente esses documentos de Congressos anteriores e firma-se em seu sólido alicerce, renovando nosso compromisso com a centralidade do evangelho (Seção I) e com a leitura fiel das Escrituras (Seção II). Somente dessa forma podemos lidar com os desafios específicos que a igreja global enfrenta hoje (Seções III-VII) enquanto buscamos testemunhar fielmente sobre o nosso Senhor crucificado e ressurreto – o evangelho partindo de todos os lugares, para todos os lugares – em favor das futuras gerações.”

 

“Que a igreja anuncie e demonstre Cristo, unida” só pode ser cumprida à medida que nos recomprometemos e nos submetemos à presença e ao poder capacitador do Espírito Santo… Hoje, não podemos e não devemos substituir a oração fervorosa por estratégias e planos.

 

 

 

A Declaração de Seul, disponível no site do Movimento Lausanne, é um documento que reafirma o compromisso dos cristãos com a evangelização mundial e o discipulado. Ela destaca a necessidade de uma missão integral, que envolva não apenas a pregação, mas também o cuidado com os pobres e a busca por justiça. O documento enfatiza a responsabilidade da igreja em enfrentar os desafios contemporâneos, como a urbanização, a secularização e as desigualdades sociais, chamando para uma atuação fiel e contextualizada.

Você pode ler mais detalhes aqui: https://lausanne.org/pt-br/statement/declaracao-de-seul

Mural de redes sociais do Congresso: https://my.walls.io/l4congress

 

 

O Congresso de Lausanne de 1974, organizado por Billy Graham e com forte influência de John Stott, foi um marco na história da evangelização mundial. Realizado na cidade de Lausanne, Suíça, o evento reuniu líderes cristãos globais para discutir estratégias e teologia da missão. Um dos principais frutos foi o Pacto de Lausanne, redigido com grande contribuição de Stott, que enfatizou a evangelização mundial e a missão integral, unindo a proclamação do evangelho com a responsabilidade social e justiça.

Deste Congresso foi emitida a declaração bíblica que Billy Graham esperava, o Pacto de Lausanne, com John Stott como seu principal arquiteto. O Pacto provou ser um dos documentos mais significativos na história da igreja moderna, moldando o pensamento evangélico pelo resto do século.

 

 

 

O jornalista Lissânder Dias, testemunhando sobre sua relação com outros cristãos no Movimento de Lausanne: “Jovens brasileiros reunidos não somente para uma foto, mas para mostrar que estávamos unidos no sonho de levar o “Evangelho todo para o ser humano todo”. O Congresso Lausanne de Jovens Líderes (@lausannemovement) foi incrível. Lá foi relembrado algo que aprendi no Congresso Lausanne para Jovens Líderes em Kuala Lumpur, Malásia, em 2006: “devemos escolher se queremos ter um nome ou ser uma voz” (palavras de Mutua Mahiani). Agora, em 2024, estaremos juntos no Quarto Congresso Lausanne de Evangelização Mundial. Vamos nos abraçar, sorrir e dizer: “o tempo passa, né?”. Vamos brincar com os cabelos brancos do outro, mas, no fundo, nosso coração estará feliz em testificar que, apesar dos descaminhos, nunca caminhamos sozinhos. Nunca.” (https://www.instagram.com/lissanderdias)

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